Renda fixa ligada ao meio ambiente é a nova aposta do Brasil; entenda os títulos verdes

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O Brasil deve estrear no mercado de renda fixa ligado ao meio ambiente, os chamados títulos verdes. Afinal, o Ministério da Fazenda estuda captar mais de US$ 2 bilhões em títulos sustentáveis, como uma das estratégias para engordar o Fundo Clima, conforme anúncio na semana passada.

A partir de setembro, a pasta planeja uma série de viagens ao exterior para lançar títulos verdes da dívida externa brasileira, na bolsa de valores de Nova York (Nyse).

No começo do ano, o Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que a captação do primeiro título verde soberano aconteceria no segundo semestre, entre setembro e novembro.

O Fundo Nacional sobre Mudança do Clima terá ampliação dos recursos a partir de captação de R$ 10 bilhões e foco em seis novas áreas, nos moldes do governo Lula.

Os recursos do fundo têm administração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Atualmente, o fundo tem carteira de mais R$ 2 bilhões em crédito já contratado pelo BNDES.

Assim, os títulos públicos soberanos irão materializar o compromisso do Brasil com a agenda de redução das emissões de gás carbônico.

O que a renda fixa verde financiará?
Conforme o governo Lula, os títulos verdes vão ajudar o Brasil a financiar novas áreas de atuação do Fundo Clima, portanto:

  • – desenvolvimento urbano resiliente e sustentável;
    – indústria verde;
    – logística de transporte;
    – transporte coletivo e mobilidade verdes;
    – transição energética, florestas nativas e recursos hídricos; e
    – serviços e inovação verdes.

    O objetivo é gerar vantagens competitivas para o país, com desenvolvimento de tecnologia nacional. Dessa forma garantindo emprego verde de qualidade e resiliência climática, com foco na população mais vulnerável às mudanças climáticas.