Macaé e a (in)segurança pública

Martinho Santafé

A propósito do recrudescimento dos assaltos a transeuntes e motoristas em vários bairros de Macaé, não custa lembrar que a intervenção federal na Segurança Pública fluminense vale para todos os municípios, não só para a capital. Lá e aqui, os cidadãos pagam rigorosamente os mesmos impostos; portanto têm os mesmos direitos, inclusive o de ir e vir com tranquilidade.

E o combate à insegurança pública em um estado falido como o nosso, para ser eficaz, necessita, primeiramente, do reaparelhamento dos equipamentos de repressão à criminalidade de forma ostensiva, como viaturas em bom estado, além de policiais bem treinados, como também investimentos em inteligência e recursos que possibilitem identificar e apurar a autoria dos delitos. Hoje, menos de 10% dos crimes, incluindo contra a vida, são apurados com êxito. E a impunidade é um excelente estímulo para a bandidagem.

Além disso, é preciso ressaltar o elevado grau de degradação moral e ética da governança fluminense. Esta semana, por exemplo, um delator revelou que o governador Pezão recebeu do esquema de Sérgio Cabral, durante oito anos, um “mensalão” de R$150 mil, mais dois bônus anuais de R$ 1 milhão. Como pensar em segurança pública com um elemento dessa categoria no topo do poder estadual?

Enquanto as providências mais elementares não acontecem, inclusive com a prisão de todos os corruptos do esquema, a polícia continua empregando suas energias e recursos já tão escassos enxugando gelo, combatendo superficialmennte o tráfico de drogas, mesmo sabendo que não vai resolver o problema em definitivo.

Salve-se quem puder!insegurança