Ao circular pela USP em Ribeirão Preto, os usuários agora se deparam com passarelas aéreas que cruzam algumas das vias mais movimentadas do campus. Essas estruturas foram instaladas com o intuito de facilitar a travessia de primatas, como bugios e saguis-de-tufos-pretos.
Esta iniciativa responde aos desafios enfrentados pela Prefeitura do Campus (PUSP-RP) na convivência entre esses animais e a comunidade local, mas também destaca a importância da cooperação entre desenvolvimento urbano e conservação da fauna silvestre.
A instalação das pontes aéreas é o resultado direto de um estudo técnico abrangente sobre os impactos ambientais no campus, especialmente relacionados ao corte e poda de árvores. Esse estudo identificou os desafios enfrentados e, também, ofereceu outras soluções, como a instalação de placas de sinalização, para alertar sobre a presença de animais silvestres, e o desenvolvimento de um plano de manejo florestal abrangente.
Para os gestores do campus, o objetivo fundamental do plano de manejo florestal é entender a extensão dos impactos ambientais potenciais, decorrentes de outras intervenções na vegetação ou do corte de árvores isoladas. Além disso, pode equacionar os conflitos entre os empreendimentos humanos e a preservação da natureza, garantindo um equilíbrio sustentável entre o desenvolvimento urbano e a biodiversidade.
O relatório também destaca “a baixa importância e o grau pouco preocupante das podas e cortes atuais, exceto no caso de espécies que constam na lista vermelha do Estado de São Paulo, as quais estão vulneráveis independentemente do local”.