Norte Fluminense vai gerar o equivalente a mais de três Itaipu com 38 projetos de energia

Os projetos de usinas energéticas do Norte Fluminense poderão mudar o patamar da região como uma das capitais da energia do país. Um levantamento da Firjan registra um total de 38 projetos de geração de energia em apenas quatro cidades da região, mais da metade deles já em operação, em obras ou licenciados. São termelétricas, usinas eólicas, solares e de hidrogênio que, juntos, terão capacidade de gerar o equivalente a mais de três hidrelétricas de Itaipu, a maior do Brasil e uma das maiores do mundo.

“A reunião dessas informações é importante para demonstrar ao mercado de petróleo e gás e aos investidores em geral, as diversas oportunidades vigentes no Norte Fluminense. E é importante também para buscarmos cada vez mais, junto aos agentes públicos, as melhorias que a região tanto precisa para se desenvolver, e contribuir cada vez mais com a produtividade do país, do estado e dos municípios, diminuindo, também, a dependência dos royalties de petróleo”, destacou o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.

Ao todo, são 19 termelétricas, nove usinas eólicas offshore e sete usinas solares, além de outras duas de hidrogênio e uma eólica, capazes de gerar 49,22 GW – mais que o triplo, portanto, da usina de Itaipu (14 GW). Do total de 38 projetos, quatro já estão em operação: a usina eólica de Gargaú, em São Francisco; e as termelétricas Norte Fluminense I, também em São Francisco, a GNA I, em São João da Barra, e a Termomacaé, em Macaé. Outros 16 estão em obras ou licenciados. Dois deles têm previsão de começarem a operar dentro de até cinco anos – ou seja, até 2027 a região contaria com seis projetos em operação, gerando 5,31 GW. Esta energia equivale à usina de Churchill Falls, a maior do Canadá e a maior hidrelétrica subterrânea do mundo.

Projetos em São João, Macaé, Campos e São Francisco

São João da Barra, com o Porto do Açu, é o que tem mais: 18 projetos, sendo quatro termelétricas (uma em operação, uma em construção e duas já licenciadas); cinco usinas solares (quatro licenciadas e uma em estudo); sete eólicas offshore (todas em fase de licenciamento); e duas de hidrogênio, ambas em estudo. Dessas, a termelétrica GNA II tem previsão de começar a operar em 2025.

Em Macaé, existem outros 14 empreendimentos, a grande maioria termelétricas (13), mas há também um projeto de eólica offshore. O número total inclui a Termomacaé, já em operação. A previsão é de que no ano que vem comece a funcionar mais uma, a Marlim Azul. Os demais projetos estão em processo de licenciamento ou não possuem início previsto de operação.

“Os processos para a construção de usinas térmicas exigem licença de instalação do Inea, o que significa que o balanço hídrico da bacia hidrográfica é avaliado considerando a demanda de água dos empreendimentos e as necessidades dos cidadãos. Portanto, todos ritos estão sendo tratados pelos órgãos competentes de forma adequada, assim como o município também já vem se preparando para que estes projetos tragam desenvolvimento sustentável à cidade e à região”, destacou o coordenador da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, Gualter Scheles.

Já Campos e São Francisco de Itabapoana contam com três empreendimentos cada. Em Campos, há duas usinas solares já licenciadas e uma eólica offshore em processo de licenciamento; e São Francisco conta com uma eólica e uma termelétrica já operando, mas há ainda uma outra termelétrica licenciada, com mais do que o dobro da capacidade atual.