São mais de 17,3 milhões de jovens brasileiros de zero a 14 anos de idade que vivem na linha de pobreza, ou seja, 40,2% da população nessa faixa etária. Os dados são da Fundação Abrinq, com base na PNADP – 2015, a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio.
As Regiões Norte, com 54%, e Nordeste, com 60,6%, concentram os maiores índices de crianças e adolescentes em situação de pobreza. A Região Sul, com 23,1%, é a que apresenta a melhor situação. Segundo o levantamento, 27% da população brasileira vive com meio salário mínimo por mês.
Os números foram apresentados na semana passada, em Nova York, no Fórum Político de Alto Nível, que reuniu 193 países para discutir os ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Os dados são chocantes mas já foram piores, segundo o professor Luiz Guilherme Scorzafave, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (Fearp) da USP.
Para ele, os programas emergenciais, como o Bolsa Família, resolvem a situação de forma limitada. “É preciso políticas públicas mais consistentes para reverter esse quadro.”