Inédito no Brasil, o governo Lula atendeu antigas reivindicações dos grupos de defesa da causa animal e vai criar um órgão de proteção aos direitos animais. Trata-se do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais, anunciado pela ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, na última quarta-feira (4) durante sua posse na Esplanada dos Ministérios.
“Este resultado foi fruto de trabalho árduo ao longo de 45 dias participando no GT do Meio Ambiente, na Transição de Governo. Até então não podíamos divulgar, mas agora é oficial”, afirmou Vanessa ‘É o Bicho’, suplente de deputada federal pelo PT-DF e ativista da causa animal.
Entre as atribuições do Departamento de Proteção Animal está elaborar, avaliar e implementar políticas públicas destinadas à proteção, defesa e bem-estar da fauna brasileira, incluindo a doméstica, além de fazer a articulação com os poderes constituídos e a sociedade em torno dessas políticas e direitos.
O Departamento de Proteção Animal ficará dentro da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais, cujo principal desafio no próximo período será o combate ao tráfico de animais silvestres, especialmente no bioma amazônico.
Apesar do ineditismo, o novo órgão de proteção animal não surpreende aqueles que acompanham a agenda do Partido dos Trabalhadores. Em 11 de outubro de 2021 o PT anunciava a inauguração de um setorial para proteção dos direitos animais. À ocasião, o hoje presidente Lula (PT) divulgou a iniciativa a partir de uma foto sua com a cadelinha Sofia.
“A cadelinha Sofia passando para avisar que o PT agora tem um Setorial de Direitos Animais que luta pela dignidade dos nossos companheiros do planeta Terra. O respeito aos animais, à natureza e a boa convivência entre os seres é nosso passaporte para o futuro”, escreveu.
Já Resistência, a outra cadela do casal Lula e Janja, acompanhou o atual presidente na subida da rampa do Planalto no último domingo (1). Ela já o havia acompanhado em Curitiba, quando esteve preso na sede da Polícia Federal. Seu nome vem daí, inclusive. Resistência vivia nos arredores do acampamento que pedia a libertação de Lula e acabou sendo adotada pelo petista.