Também chamado de biometano, o gás atesta fato inédito e representa uma nova e vigorosa fronteira do setor sucroenergético. Depois do açúcar, etanol, álcool para fins industriais e do bactericida – caso do álcool 70 -, além da bioeletricidade, entram de vez no mercado nacional o biogás e sua conversão em biometano.
Feito a partir de subprodutos do setor como vinhaça e torta de filtro, o biogás é transformado em energia elétrica e, se todas as usinas o produzirem, teremos uma oferta de 19,5 gigawatts (GW), ou 10,5% da atual capacidade de eletricidade do país, conforme a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
Além disso, o biogás, em sua versão purificada, é transformado em biometano. Esse pode simplesmente substituir motores a gás natural veicular (GNV) e mesmo o gás encanado e, assim, oferecer garantia de suprimento e ajudar o país a reduzir as importações de gás. Sim, porque com mais motores a gás não será preciso consumir tanto óleo diesel e dará para cortar as importações necessárias para atender a demanda.
Emissões zero de carbono
Vale lembrar que além de garantir o suprimento e reduzir importações, o biometano ajuda o Brasil a reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2).
Em termos comparativos, enquanto o gás natural veicular emitir mais de 80 gramas de CO2 equivalente por megajoule (gCO2eq/MJ), o biometano tem emissão negativa de algo em torno de – 20 gCO2eq/MJ, segundo relato da ABiogás.