BNDES e Petrobras fecham acordo para compra de créditos de carbono na Amazônia

Instituições criam programa para adquirir créditos de carbono de reflorestamento

Floresta amazônica vista de cima (Foto Divulgação)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras irão firmar na próxima segunda-feira (31/3) um protocolo para aquisição de créditos de carbono gerados por projetos de reflorestamento na Amazônia.

O anúncio será feito pelos presidentes das instituições, Aloizio Mercadante e Magda Chambriard, no Rio de Janeiro, segundo o banco em nota.

No mesmo evento, será lançado o programa ProFloresta+, que financiará iniciativas de recuperação de áreas degradadas no bioma amazônico.Leilão de carbonoPetrobras e BNDES anunciam leilão de carbono, no estilo Proinfa

O banco de fomento está de olho no potencial de geração de créditos na floresta tropical que abrange nove estados brasileiros.

No início de março, BNDES e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançaram uma consulta pública para levantar demandas na certificação de carbono no Brasil. 
 
A intenção é identificar mecanismos financeiros capazes de ajudar a desenvolver certificadoras de projetos voltadas à realidade de florestas tropicais.

Atualmente, cerca de 97% das certificações de crédito de carbono no Brasil são feitas por empresas internacionais, que utilizam metodologias desenvolvidas para florestas de climas temperados — o que prejudica a quantidade e qualidade de projetos aprovados aqui.

Já a Petrobras, entrou oficialmente no mercado de carbono em 2023, com a compra de 175 mil créditos do projeto Envira Amazônia — sediado no município de Feijó, no Acre. Os títulos foram usados para compensar emissões da gasolina Podium produzida na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão (SP).