Martinho Santafé
A vereadora Marielle Franco (Psol) representava a voz e a esperança de milhões de cariocas que vivem o pesadelo da mais cruel das ditaduras, fustigados e oprimidos por traficantes, milicianos e forças policiais sem o mínimo preparo profissional para lidar com esses conflitos.
Seu brutal assassinato na noite de hoje significa, acima de todas as teorias e achismos, a morte definitiva de um Estado incapaz de proteger seus cidadãos e aqueles que os representam. Ou para ser mais direto: a morte de uma democracia que pobres, negros e minorias ainda não tiveram pleno acesso, mas que têm o justo direito de sonhar.
E a suprema ironia: a tragédia com a vereadora e o motorista que conduzia o veículo aconteceu justamente no dia em que o Psol anunciou que iria entrar no Supremo Tribunal Federal com uma representação contra a intervenção federal no Rio.
Sua última postagem na rede foi esta:
“Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?
— Marielle Franco (@mariellefranco) 13 de março de 2018”
Neste ano eleitoral, é preciso repetir com exaustão: que país é esse? E o que fazer para reverter essa barbárie!!!