O fast-fashion se consolidou pelo mundo inteiro como uma alternativa barata para conseguir roupas com as tendências do momento – mesmo que elas fossem descartáveis. Marcas como H&M, Forever 21 e Zara se tornaram referência, com pontos de venda pelo mundo inteiro.
Porém, estas empresas estiveram já mais de uma vez envolvidas em polêmicas sobre trabalho escravo e com um grande impacto de lixo criado no planeta. E cada vez mais a tendência da sustentabilidade busca exatamente o oposto disto.
De acordo com a agência Bloomberg, já são mais de 14% dos consumidores dos Estados Unidos que procuram roupas fabricadas de uma forma ética este ano, diferente dos 12% de 2015, como evidenciado em uma pesquisa da Euromonitor International. E esta procura vem principalmente de jovens, do que de qualquer outra faixa etária.
Os dados mostram que os principais públicos alvo da fast-fashion já estão saturados com esse sistema de rapidez no mundo da moda – uma tendência que inclusive diverge da forma de produção see now, buy now. Isso ainda não significa que estas marcas vão desaparecer, mas elas estão perdendo a força pela primeira vez em anos. Alternativas como reciclagem e roupas de segunda mão parecem bem mais atrativas a estes novos consumidores.
Em uma tentativa de agradar este nicho do seu público, a H&M já tem sua coleção ‘consciente’, desde 2013. E inclusive incentiva os seus clientes a doarem roupas para a criação de tecidos reciclados. A Zara também tem mostrado esforços, lançando a sua primeira linha sustentável em setembro desde ano. Mas será que isso é o suficiente?