A ideia de alimentar cachorros com comida natural ainda deixa algumas pessoas confusas, apesar de não ser uma novidade. Existem várias perguntas sobre como preparar, quais ingredientes usar e em que quantidade. No entanto, o que sabemos é que os cachorros geralmente adoram o sabor e a textura dessa alimentação.
Alimentação sob medida
Cada cão tem suas próprias necessidades nutricionais, que variam conforme sua idade, saúde e se está castrado ou não. A alimentação natural é feita pensando exatamente nisso, ajustada para cada pet. Ela é conhecida por ser mais saborosa, conter menos conservantes e por tornar as fezes dos cachorros mais firmes e com menos odor.
Além disso, fortalece o sistema imunológico e traz outros benefícios, como destaca o veterinário Aluizio Nunes dos Santos: “Essa dieta apresenta maior palatabilidade, menos conservantes, fezes mais firmes e livres de odor, proteção gastrointestinal de uma forma geral, incremento do sistema imunológico, prevenindo doenças e promovendo a saúde dos pelos e da pele.”
Comparando com a ração
Enquanto a ração é prática por não precisar de preparo, a alimentação natural ganha pontos pelo sabor e textura. A ração tem uma fórmula fixa e trata apenas um tipo de doença, podendo negligenciar outras condições que o cão possa ter.
Por outro lado, a comida natural é ajustável, podendo ser adaptada para cães com múltiplas condições de saúde, como explica Santos: “A vantagem da alimentação natural é ser ajustada com níveis variáveis de nutrientes e adaptada para cães que possuem mais de uma doença, por exemplo, alergia e cálculos urinários.”
Por que escolher alimentação natural?
A ração contém um alto percentual de carboidratos e apenas 10% de água, enquanto a alimentação natural tem uma menor quantidade de carboidratos e cerca de 60 a 80% de água, ajudando na hidratação e na digestão.
Santos ressalta a importância de adaptar a dieta para melhorar a digestão dos cães: “A fisiologia mastigatória nos comprova isso, já que os dentes dos pets são adaptados para rasgar o alimento e não triturar, como é o caso da ração.”
- Hidratação e controle de peso
A alimentação natural pode conter até 7 vezes mais água do que as rações secas, beneficiando o sistema renal do cão. Além disso, tem uma carga glicêmica menor, ajudando no controle da obesidade.
- Consulte um veterinário
Antes de mudar a dieta do seu cachorro, é essencial consultar um veterinário, especialmente se o animal tem intolerâncias ou doenças específicas.
- Montando o prato ideal
Para uma refeição equilibrada, Santos sugere uma composição de 30% de proteínas, 30% de vegetais e 35% de carboidratos, possivelmente complementada com óleos vegetais de boa qualidade e outros suplementos naturais.
- Cuidado com temperos
Os cachorros têm um paladar sensível e não toleram bem temperos. Alguns, como a cebola, podem ser especialmente nocivos, causando problemas sanguíneos sérios.
- Escolhendo um único tipo de alimentação
Misturar ração com comida natural não é recomendado, pois a dieta natural já supre todas as necessidades nutricionais do pet sem necessidade de complementação.
- Determinando a quantidade certa
A quantidade de comida deve ser baseada no peso, idade e necessidades específicas do cão, sendo oferecida duas vezes ao dia.
- Preparo e armazenamento
As refeições podem ser preparadas em grandes quantidades e congeladas, permitindo um fornecimento constante e fresco por até 30 dias.
- Frutas permitidas e alimentos proibidos
Enquanto algumas frutas são saudáveis para os cães, outras, como uvas e abacates, devem ser evitadas. Alimentos como cebola e chocolate são extremamente perigosos e devem ser completamente excluídos da dieta do cão.